O Recomeço  

Calada,pensativa, tediante assim que acordo todos os dias desde que se mudei para Linthecem, uma cidade pequena com pouca população, conhecida por suas lendas assustadoras, vim para Linthecem para morar com minha tia Catherine Verdanne, meu pai Lúcio Moryson um advogado importante, viajou para Washington á trabalho, minha mãe? Minha mãe morreu dois dias depois que nasci, por causas desconhecidas, desde então meu pai só pensa em trabalho, começou a viajar e a irmã mais nova dele (Tia Catherine), me levou para morar com ela faz três dias que me mudei para cá, Odeio mudar de escola principalmente por que serei a novata, a esquisita, que não tem amigos.

_Lizza, lave as mãos para jantar.

_Já estou indo Tia Catherine.

Desci as longas escadas da sala, sentei-se a mesa para jantar com ela.

_Lizza, amanhã iremos ao São Magnum fazer sua matrícula, sua aula começa na segunda, quer que eu vá com você?

_Posso ir sozinha!

_Tudo bem, amanhã eu vou em Washington, seu pai quer falar comigo.

_Meu pai? (Falei anciosa e surpresa, com um sentimento enorme de saudade no peito)

_Sim, quer mandar uma carta para ele?

_Queria ve-lô, estou com saudades! (Eu disse, cheia de esperança que ela me leva-se para ve-lô, abraça-lo e chama-lo de pai, uma palavra que a muito não dizia)

_Desculpe, Querida, não posso leva-lá e deixar a casa sozinha, quer mais hambúrgueres?

_Não Obrigada, não pode deixar a casa com alguém?

_Não, Lizza não posso deixar a casa com um desconhecido.

_E a Silvia? Ela não pode cuidar da casa só até a gente chegar?

_Não, Lizza eu sei que você quer muito ir, e que esta com saudades do seu pai, mais não posso deixar a casa com a Silvia, Você entende? _Sim Tia.

(Na verdade eu não entendia por que ela não podia me levar, eu queria muito ir, ver meu pai a pessoa que tanto amava, e que o que eu mais queria naquela hora era ve-lô, braça-lo e lhe chamar de pai, não via o problema em deixar a casa com a Silvia, de todas as vizinhas dali ela era a melhor).

Depois de muito pensar em minha vida, deitei em minha cama e adormeci.

Logo de manhã, minha tia me deu um beijo na testa e em meus ouvidos sussurrou:

_Estou indo, mais tarde eu volto, leia a lista que está na geladeira, tome cuidado!

Logo que acordei, li a lista em que a tia Catherine deixou na geladeira. Lá estava:

_Querida Lizza, quero que vá a mercearia do Billy, para comprar o meu cereal e o leite desnatado.

Peguei a caminhonete azul da minha tia e fui para cidade, ao lado da mercearia do Billy, havia uma lojinha pequena de roupas onde lá se encontrava a Sue, a filha única da Silvia, ela vinha em minha direção com um longo sorriso, com seus olhos brilhantes, como se nos conhececemos há muitoa anos.

_Lizza Moryson. disse ela.

_Sue Gibson! sua tia disse que você estaria aqui.

_Prazer em te conhecer Lizza!

_Prazer

(Silvia tinha me falado sobre Sue, mais nunca a tinha conhecido pessoalmente).

_Vai na mercearia do Billy?

_Sim

_Eu também, minha mãe pediu para que fosse comprar algumas coisas pra ela.

_Vamos juntas?

_Pode ser.

Sue foi me dizendo como era a escola, ela me disse que mora em Linthecem desde que nasceu, e tinha muitos amigos na São Magnum. Logo que chegamos Sue já foi fazendo seu pedido para Billy no balcão, enquanto eu estava tentando achar o que tia Catherine tinha pedido para comprar, senti um estranho cala-frio atrás de mim e ouvi uma voz, grossa e suave ao mesmo tempo, misteriosa e que dava aos meus ouvidos um leve acalanto.